Texto publicado originalmente no site Terapia de Criança

Preocupações todos nós temos, alguns sentem mais, outros menos. Mães e pais em especial, costumam dizer que elas não acabam nunca. O ponto que vamos falar hoje é do hábito constante de dizer “Filho, cuidado!”, de estar ao lado da criança tentando tirá-la e aliviá-la de alguma situação que ainda não aconteceu e que pode ou não acontecer.

Apesar da preocupação ser o que nós sentimos, ao agir assim não estamos transmitindo essa mensagem. Contamos que o mundo é um lugar inseguro, perigoso e não temos confiança de que a criança conseguirá descobri-lo através de seus interesses.

Geralmente, quando nos preocupamos acontece rapidamente dentro da nossa cabeça uma conversa interna sobre as nossas angustias. Nossa mente recebe essas informações e acredita em todas as imagens que enviamos para ela. Imaginamos um milhão de coisas e por mais que a gente tente garantir que nossas sensações não sejam de sofrimento, apenas de prazer e bem – estar, esses pensamentos preocupados estimulam um sentimento de ansiedade e estresse que nos impedem de sentir a serenidade. Nos tornamos medrosos, infelizes e as conseqüências disso na educação das crianças são diferentes de quando saímos de um lugar de confiança e amor.

Temos alguns pontos de apoio que nos ajudam a mediar esse diálogo interno toda vez que ele surgir. Assim podemos transformá-lo em pensamentos e atitudes produtivas, acolher os medos e quebrar esse ciclo mental de “terrivelizar” coisas e acontecimentos da vida.

1. Comece a perceber cada vez que sua mente vai para a preocupação. Toda vez que observar a si mesmo se preocupando com alguma coisa, pare. Respire. Movimente todo o seu corpo e deixe ir esse medo. Basta perceber o seu estado físico e esse relaxamento consciente envia uma mensagem para sua mente que não há nenhuma emergência.

2. Assegure-se.

“Toda criança brinca, pula e rala os joelhos, mais cedo ou mais tarde. Eu posso mostrar que estou por perto e oferecer meu corpo para ele se apoiar, caso ele precise.”

“Eu não tenho que ser perfeito. Meus filhos vão estar bem, apesar de eu cometer erros.”

“Meu filho não tem que ser perfeito. Ele é quem ele é. Meu trabalho é nutrir essa pessoa que ele é. “

“Eu estou fazendo o melhor que posso. Dois passos à frente, um passo para trás e ainda sigo para onde quero ir.”

3. Reprograme seus pensamentos. Mostre a eles a imagem do resultado que você deseja. Não se preocupe com a forma de alcançar o seu objetivo, pois sua mente vai tagarelar novamente e o medo pode surgir. Em vez disso, evoque um sentimento de gratidão, felicidade junto com sua imagem. Quanto mais tempo você puder manter esse sentimento e imagem, mais rapidamente os seus pensamentos começam a ajudar a criar essa realidade.

4. Tome uma atitude. Pergunte a si mesmo: “O que eu posso fazer agora (ou hoje) para que este provável resultado seja positivo?” Em seguida, faça. Aqui é onde esta técnica é diferente de pensamento positivo. Precisamos nos sentir bem para saber que ação tomar, caso contrário ficamos na mesma situação de desconforto e sem saída para resolver a situação.

5.Toda vez que surgirem as preocupações, repita essas etapas. A nossa mente tende a seguir determinadas repetições. Então, cada vez que você interromper uma preocupação e enviar uma imagem de um desfecho mais agradável, você está esculpindo um novo caminho para a sua mente – um caminho de felicidade, em vez de ansiedade. Em breve, você vai encontrar-se em uma paisagem totalmente nova.






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