Uma oportunidade para começar de novo. Duas histórias de filhos que doaram mais da metade dos seus fígados para salvar a vida de seus pais.

Dois Elpidios e um fígado

A história de Elpídio Rodrigues do Nascimento Filho, 49 anos, serve de exemplo para muitas famílias que já passaram ou estão passando por essa situação.

Em abril deste ano, ele recebeu, de forma antecipada, o melhor presente de Dia dos Pais que poderia ter em qualquer outra ocasião.

Elpídio teve hepatite C e cirrose e o seu filho, Elpídio Rodrigues do Nascimento Junior, 20 anos, doou parte do fígado para o pai.

“Com certeza esse foi o melhor presente de Dia dos Pais que eu poderia ter. A partir de agora é vida nova. Uma segunda chance”, disse o pai.

Ele descobriu que tinha a doença em 2001 e começou um tratamento difícil em 2006. Após quase 1 ano fazendo exames de compatibilidade, pai e filho passaram por uma cirurgia de doação de órgãos que durou mais de 15h, no Hospital Bandeirantes, em SP.

4 meses após a cirurgia ambos passam bem e voltaram a sua vida normal.

Antes do transplante, Elpídio (o pai) tinha perda de memória e falta de apetite.

Para o filho, Junior, essa foi uma forma de agradecer e presentear o pai. “Ele é um exemplo pra mim e eu sabia da importância desse transplante”, comentou.

Pai recebeu fígado da filha e operou o coração no mesmo dia

Para salvar a vida do pai, uma jovem do Rio doou boa parte do seu fígado e passou por uma cirurgia complexa, que durou 17 horas.

A cirurgia foi ainda mais delicada porque o pai de Stephanie Vasconcelos, de 27 anos, também operou o coração. A jovem já saiu do hospital há uma semana e está voltando à vida normal.

Já a recuperação de Henrique Manoel Julião, 53 anos, que recebeu 65% do fígado da filha, é mais complicada. Devido aos problemas que Henrique tem no coração teve a participação de 14 médicos e foi extremamente complexa.

Todos os procedimentos foram realizados no mesmo dia. A equipe operou o coração do paciente, retirou a maior parte do fígado da doadora e fez o transplante.

“Ele tinha uma obstrução de 70% das artérias que levam o sangue para o coração e aquilo era uma contra-indicação para o transplante de fígado, que ele poderia desenvolver uma falência cardíaca aguda, um infarto agudo do miocárdio”, explicou o médico Eduardo Fernandes ao G1.

Na cirurgia do coração, primeiro, foi retirada uma veia da perna e outra do tórax. Ligadas a aorta, elas restabeleceram a passagem do sangue para as artérias entupidas.  “A cirurgia foi muito bem então depois que não existia mais riscos, nós operamos a doadora, retiramos o fígado.

Ela iria ficar com 35% do fígado. É o limite da decisão, porque menos de 35% pode vir a ter risco de vida para quem doa”, destacou o médico ao G1.

Stephanie também doou duas das principais veias do fígado. No receptor, elas logo começaram a bombear sangue para o coração. O fígado da doadora deve recuperar 75% do tamanho normal, em até um ano.

Stephanie contou que tomou a decisão de doar seu órgão quando soube que o pai só poderia receber o fígado de um doador vivo. “O meu irmão tem a família dele, então eu não ia submeter a minha mãe e o meu pai a uma cirurgia de grande porte como essa. Então, eu digo: não, desde o começo sou eu e a mais nova e se der tudo certo não abro mão”, explicou ela ao G1.

Duas lindas histórias de amor incondicional de filhos para com seus pais.

Fonte : G1


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