Até quatro décadas atrás, quando uma criança nascia prematura e abaixo do peso, o bebê era levado imediatamente para a incubadora, esse recém-nascido tinha que ficar isolado da mãe porque os médicos temiam principalmente o risco de infecções.
Em 1979, em Bogotá, na Colômbia, foi criado uma nova maneira de cuidar desses bebês de uma forma mais amável e menos mecânica, esse novo procedimento foi chamado de “Método Canguru”, que além de tirar os bebês desse isolamento ao qual era submetido, ainda estabelece o protagonismo materno no tratamento neonatal.
O procedimento do método canguru é simples, os bebês são colocados em posição vertical no colo da mãe ou do pai, amparados por um tecido, como se fossem filhotes de canguru (dai o nome) e podem ficar ali por horas.
Não que as incubadoras passem a ser desnecessárias , mas essa tecnologia humanizada funciona como um complemento importante no tratamento.
“As incubadoras são muito boas, a tecnologia é muito apropriada para a saúde e a sobrevivência das crianças. O que fizemos foi permitir que as mães entrassem em todos os serviços de recém-nascidos, assim o bebê ficava com a pessoa mais importante para ele,” afirma Hector Martinez, pediatra e criador do Método Canguru . Ele ressalta que a presença da mãe é fundamental para o desenvolvimento do bebê.
Além do vínculo afetivo que é fortalecido com esse contato pele a pele diário, os benefícios da prática incluem regularização da temperatura do bebê – por causa do calor do colo dos pais – e ganho de peso.
“O Método Canguru favorece muito o aleitamento materno. Todas as pesquisas realizadas demonstram que os bebês que utilizam o método mamam por mais tempo exclusivamente no peito, e a mãe tem facilidade maior para amamentar,” ressalta a pediatra neonatologista e consultora do Ministério da Saúde Zeni Lamy.
No Brasil, os primeiros serviços que desenvolveram o Método Canguru foram o Hospital Guilherme Álvaro em Santos, SP (1992) e o Instituto Materno-Infantil em Recife, PE (1993).
Com base nessas experiências bem-sucedidas, o método se expandiu consideravelmente no Brasil, devido às vantagens que oferece para mães e bebês, embora as políticas brasileiras enfatizem mais os benefícios relacionados ao bebê: diminui o tempo de separação do bebê da família , evitando longos períodos sem estimulação sensorial, torna os pais mais competentes e confiantes para cuidar do filho, mesmo antes da alta hospitalar, facilita o controle térmico da criança, diminui doenças e infecções hospitalares, favorecendo uma menor permanência hospitalar para o bebê, entre outros benefícios .
Fonte editada e revisada :EBC
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