Uma arquiteta e seu projeto estão ajudando a empoderar mulheres pobres e o resultado é incrível.

Antes que o feminismo atual estivesse tão presente no mundo, a arquiteta brasileira Carina Guedes fundou o projeto “Arquitetura Na Periferia“, em resposta ao grande déficit habitacional que existe no Brasil.

Uma situação que é mais do que dolorosa para mulheres e crianças que moram na periferia.

Na busca por um lugar para morar, muitas famílias começaram a se mudar para o subúrbio das cidades, onde as mulheres perderam sua autonomia e tiveram que fazer sacrifícios ainda maiores, desde que um homem lhes desse abrigo na casa que construíram.

Diante deste problema cotidiano, Carina não quis ficar de braços cruzados, e decidiu se juntar a outras colegas para criar a Arquitetura Na Periferia , que visa ajudar e ensinar mulheres da periferia a construir ou reformar suas próprias casas.

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O projeto liderado por Carina é formado apenas por mulheres. Também atuam nela a arquiteta Marina Bornel e as engenheiras civis Rafaela Dias e Tereza Barros, além de outras colaboradoras .

Atualmente o projeto está operando em favelas como as de Paulo Freire e Eliana Silva, onde Carina e companhia têm conseguido fazer uma diferença notória no avanço das conquistas dos direitos civis e do poder de decisão das mulheres em suas casas.

“O Brasil é um dos países do mundo com maior desigualdade social, reproduzida diariamente a partir de mecanismos de exclusão que resultam na escassez de acesso a todo tipo de serviços por grande parte da população. Nesse cenário, muitas pessoas constroem sua moradia sem acesso a assessoria ou formação técnica, resultando em lares com recursos já escassos, desperdiçados.” informam no site do projeto.

“Além disso, problemas estruturais nas casas, umidade excessiva, falta de iluminação e ventilação ou mesmo ausência de banheiro são recorrentes. A mulher que vive nesse contexto é ainda mais prejudicada, pois, é ela quem ainda passa mais tempo dentro da casa fazendo sua manutenção ou cuidando da família, mas, na hora de decidir como a casa será construída, ela não participa.” explica Carina.

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“Tal fato tem um enorme impacto na vida dessas mulheres pois as afeta diariamente – desde uma cozinha sem ventilação suficiente para quem passa muito tempo lá dentro ou um quarto com umidade que adoece os filhos, até detalhes construtivos como uma escada muito estreita para a passagem carregando uma trouxa de roupas.” conclui Carina.

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Para alegria e felicidade de muitos, o projeto Arquitetura na Periferia está cada vez melhor. A última campanha de arrecadação de fundos foi um exemplo disso, onde acumularam cerca de $ 109.622 mil dólares dos 77 mil que queriam receber.

Um sucesso que vem acompanhado do fato de que, graças a essa notável iniciativa, cada vez mais as mulheres da periferia são donas de sua própria casa e de seu destino.

Vejam um pouco do funcionamento do projeto no vídeo abaixo:

Fonte traduzida e adaptada : Nation


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