Sim, sua filha pode brincar com blocos e seu filho pode brincar com bonecas.
As lojas Target em breve não rotularão os brinquedos como sendo para meninos ou meninas. Todos eles serão apenas brinquedos, como sempre deveriam ter sido.
A empresa que é a segunda maior rede de varejo dos Estados Unidos fez o anúncio semana passada pelas suas redes sociais .
O anúncio foi recebido com muitos elogios e extrema indignação ao mesmo tempo. Para cada pai progressista que celebra o fim dos corredores rosa e azul, um pai conservador ficou furioso porque a Target tomou o outro lado nesta guerra cultural.
“Marketing de gênero neutro” não significa uma tentativa de fazer homens e mulheres iguais, no entanto, ou de proibir brinquedos de gênero tradicional, como Barbie e GI Joe, como alguns alegam . Em vez disso, significa simplesmente organizar produtos que as crianças já amam de acordo com interesses ou temas – não por menino ou menina.” afirmou Elizabeth Sweet, socióloga e professora da Universidade da Califórnia ao Washington Post,
“Na verdade, é um retrocesso a uma era passada com a qual muitos críticos da prática cresceram: o marketing baseado em gênero só entrou em voga na década de 1990, quando as empresas perceberam que poderiam convencer os pais de crianças de ambos os sexos a comprar o dobro de produtos apresentando segmentação de gênero para produtos infantis.” informa Elizabeth.
Ou seja, essa história de brinquedo de menina ou menino é apenas uma jogada de marketing das empresas para lucrarem mais e mais.
Como Maria Montessori disse, a brincadeira é obra da criança. Através da brincadeira, as crianças entendem seu lugar no mundo ao seu redor e os papéis futuros disponíveis para elas.
Por que as meninas não deveriam se sentir à vontade para brincar com brinquedos relacionados astronomia, construção, engenharia ? Por que os meninos não deveriam se sentir livres para brincar de cozinhar, brincar de cuidar de bebês, brincar de casinha ?
Como sociedade, não acreditamos mais que as mulheres devam ficar restritas a determinados empregos ou que os pais não sejam adequados para cuidar de bebês. Portanto, as brincadeiras infantis devem refletir as normas culturais modernas, em vez de serem encaixadas nos estereótipos da década de 1950 impulsionados pelo desejo dos profissionais de marketing de segmentar o público infantil para obter o máximo lucro.
Parabéns à Target por agir no melhor interesse das crianças e torcemos para que mais empresas façam isso, para um mundo melhor e sem limitações de gêneros para nossas crianças.
Fonte : Washington Post
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